Estudantes da UFRPE denunciam que restaurante universitário serviu refeições com lagartas, moscas e carne de porco com pelos
26/09/2025
(Foto: Reprodução) Estudantes reclamam da qualidade das refeições no restaurante universitário da UFRPE
Estudantes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (Codai), localizados no bairro de Dois Irmãos, na Zona Oeste do Recife, denunciariam que o restaurante universitário (RU) serviu alimentos e refeições com moscas, larvas, carne de porco com pelos e lagartas (veja vídeo acima).
A empresa que opera atualmente no local assumiu, há menos de um mês, a gestão após um processo de licitação. De acordo com Amanda Karaxu, estudante da universidade, a presença do que ela chama de "objetos estranhos" começou há 14 dias.
✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE
"São vários fatos de objetos estranhos aparecendo nas comidas. E normalmente isso não acontece. Foi das duas últimas semanas para 'cá' que começou a acontecer esses casos", contou.
Geovana Vitória, também estudante da UFRPE, contou que foram feitas denúncias para a Vigilância Sanitária do Recife para averiguar o local.
"O movimento 'Eu defendo a UFRPE', junto à União dos Estudantes de Pernambuco, abriu um formulário para entender esses relatos dos estudantes e para apresentar esses relatos desses estudantes à reitoria e também acionar a Vigilância Sanitária para vir aqui fazer uma vistoria dentro do restaurante universitário", contou.
Procurada, a Vigilância Sanitária confirmou que recebeu duas denúncias sobre o RU da UFRPE e que vai realizar uma fiscalização no local.
De segunda a sexta-feira, são servidas 3,5 mil refeições entre almoço e jantar no restaurante. O valor do almoço é R$ 3,50; e o do jantar, R$ 3. Estudantes vegetarianos e com restrição alimentar também têm um cardápio específico.
De acordo com os estudantes, uma lagarta foi encontrada viva na refeição servida no RU
Reprodução/TV Globo
O que diz a UFRPE
À TV Globo, a reitora da UFRPE, Maria José de Sena, informou que soube das denúncias pelas redes sociais e que algumas situações expostas se contradizem com os critérios usados no restaurante.
"Como que a gente vai justificar um lagarto em cima, vivo, de um prato, de um pedaço de frango. 'Ah, pode ter vindo das folhas'. Não tem a menor possibilidade porque as folhas são trituradas. Como que iria se salvar aquela lagarta que estava ali em cima daquele prato?", contou.
De acordo com a reitora, a orelha de porco que os universitários dizem ter encontrado não faz parte da lista de compras do restaurante.
"De imediato, eu solicitei à empresa a nota de compra de insumos que diz respeito àquela feijoada, naquele momento. E a empresa não compra orelha de porco. Alias, a única parte do porco que a empresa compra são os mocotós", informou.
A UFRPE disse, ainda, que abriu uma sindicância e acionou a Polícia Federal para apuração dos fatos. A corporação é chamada para assuntos relacionados às universidades públicas por estarem em área de domínio da União.
VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
c